Auxílio moradia para servidores do judiciário??????

Alguém aí está conseguindo não sentir muito nojo disto? Em plena semana em que se está votando para a escolha do cargo mais elevado do Executivo do Brasil, o STF desavergonhadamente se ajoelha no curral para mamar nas tetas da república? STF, este que, deveria ser um dos três pilares da democracia e visivelmente tem se comportado como estafeta do Executivo, agora parece ter resolvido seguir o exemplo do Legislativo e cair na gandaia. Pelamordedeusssss

Se bem me lembro a tal de Democracia se assenta em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário; se tudo mudou e virei uma desinformada, alguém faça a gentileza de me atualizar. No Legislativo há um bom tempo que dá para se contar nos dedos (acho que nem precisa usar os dos pés) deputados e senadores de comportamento ilibado, no Judiciário virou lugar comum “tretas” e “toma-lá-dá-cá” de preferência o “dá cá” exemplo da semana são as peripécias do Seu Fux tentando enfiar a filha goela a baixo, liberando a tal “ajuda de custo moradia” imensamente maior do que o salário de 70% dos brasileiros e agora ainda propondo um tal de “auxílio educação” para filhos e dependentes de servidores do judiciário (valor ainda maior do que o da moradia) – esta última peripécia ainda estou achando só possa ser invenção da “imprensa marrom” Quaquaquaquaquaaa.

E é aí que pergunto “Porque Dilma, Marina, Aécio, Luciana, Jorge e eteceteraetais estão se esforçando tanto para se elegerem? Como o cargo que almejam é a terceira perna da tal democracia, estão brigando tanto para quê? Para terem o privilégio de serem reféns dos outros “nobres” poderes?

Porque seria que esta é a eleição mais chocha que já acompanhei em quase seis décadas?

Comitê Nacional da Diversidade Religiosa

A Portaria nº 92/2013-SDH/PR, de 25 de janeiro de 2013, instituiu o Comitê Nacional da Diversidade Religiosa. que tem como finalidade auxiliar a elaboração de políticas de afirmação do direito à liberdade religiosa, do respeito à diversidade religiosa e da opção de não ter religião de forma a viabilizar a implementação das ações programáticas previstas no Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3.
Mam’etu Nangetu Úa NZambi está na portaria, representando o Norte do Brasil. Tive a oportunidade de ser sua hóspede em Belém do Pará e assistir no dia-a-dia está poderosa Yalorixá ultrapassar os limites de seu terreiro e atuar fortemente como ativista social. Parabéns Mãe Nangetu!São objetivos do Comitê:
I – auxiliar a elaboração de políticas de afirmação do direito à liberdade religiosa, do respeito à diversidade religiosa e da opção de não ter religião de forma a viabilizar a implementação das ações programáticas previstas no PNDH-3, entre outras;
II – promover o debate entre grupos de pessoas de diversas crenças e convicções, buscando aproximá-los por intermédio do princípio do respeito mútuo;
III – articular lideranças das diversas crenças e convicções em defesa do respeito mútuo e da compreensão recíproca;
IV – articular a criação de uma rede brasileira de defesa e promoção da liberdade e da diversidade religiosa;
V – disseminar informações sobre a religiosidade no país, bem como acerca das religiões nele praticadas; e
VI – contribuir no estabelecimento de estratégias de afirmação da diversidade e da liberdade religiosa e do direito de não ter
religião, da laicidade do Estado e do enfrentamento da intolerância religiosa.
Bom combate Mam’etu Nangetu Úa NZambi!

 
 
 

VII Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme

O VII Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme (DF) acontecerá de 20 a 23 de novembro de 2013, em Salvador, no Centro de Convenções da Bahia, e dá prosseguimento às ações integradas, multiprofissionais e multidisciplinares do Ministério da Saúde (MS) no âmbito do cuidado, da atenção e das inovações tecnológicas normatizadas no Sistema Único de Saúde (SUS), voltadas para as pessoas com DF.

A doença falciforme é uma das doenças genéticas e hereditárias, mais comum no mundo, com larga incidência no Brasil. Trata-se de uma mutação genética ocorrida no continente africano que aqui chegou em decorrência da triste história de povos africanos trazidos para cá para a escravidão. Em função disso, desde 2005, o Ministério da Saúde desenvolve a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. Reivindicação antiga do movimento de homens e mulheres negras foi estabelecida no âmbito do SUS pela portaria GM/GAB n° 1.391, de 16 de agosto de 2005, sendo executada, em todo o país pela Equipe de Assessoria Técnica em Doença Falciforme (ATDF), da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH), vinculada ao Departamento de Atenção Especializada (DAE), da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do MS.

Promovido pelo MS, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e com a Secretaria de Estado de Saúde da Bahia (SESAB), este simpósio acontece em momento oportuno, em face do modelo de atenção aqui preconizado, está sendo citado como referência internacional. Com natureza multidisciplinar e multiprofissional, vai abordar tema hoje essencial ao aprimoramento dessa atenção – as inovações tecnológicas, que podem oferecer às pessoas com DF longevidade com qualidade de vida.

Além de palestrantes internacionais e convidados da África, onde a doença teve origem, terá a participação de trabalhadores do SUS e de representantes das associações de pessoas com DF de todos os estados brasileiros, aspecto esse último de grande relevância, pois o usuário é o filtro do aprimoramento na aplicação da política.

Este simpósio é realizado de dois em dois anos, sempre em uma capital diferente e atualmente é priorizado pela CGSH para as capitais do Nordeste, por ser a região de maior incidência da doença. Este ano o simpósio volta a Salvador-Bahia estado de maior incidência da DF no Brasil, onde nasceu pela iniciativa de um grupo de especialistas que se dedicava aos estudos da doença no Brasil e que se transformou e cresceu ao ser assumido pelo MS.

A escolha de Salvador tem ainda outro motivo: a cidade sedia na UFBA o Centro de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, que em parceria com o MS mantém um centro de estudos e pesquisas no âmbito da terapia celular em lesões ósseas e de pele em DF, que vem atendendo à Bahia e muitos outros estados da federação.

A abertura do simpósio acontecerá no Dia da Consciência Negra – 20 de novembro, que cultua a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695 –, muito significativa para o movimento negro e, naturalmente, para as pessoas com DF.

Esse é um segmento da população nacional com o qual o país tem grande dívida social. Os africanos e seus descendentes contribuíram para a formação brasileira. A adoção de políticas compensatórias é uma forma de resgatar a dívida. É a essa causa que, com grande orgulho, devota-se este simpósio.

Quebraram o Catre? Brasil abandonou o leito esplêndido?

Foi Bertold Brecht, quem escreveu “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento mas ninguém diz violentas as margens que o oprimem.” 

Agora a pouco assisto na TV o Gilberto Carvalho falando que o governo deve fazer autocrítica e abrir o espírito para as reivindicações do movimento popular. Que neste instante é hora de entender as mensagens que os protestos estão trazendo para que se consiga um tipo de governo que realmente atenda as necessidades do povo. Tenho um pé atrás com este senhor e não me agrada a idéia de um ministro ficar dando opiniões antes da presidenta Dilma se posicionar. 

Me incomodo muito com atitudes violentas e estou bastante triste com as atitudes depredatórias que alguns do movimento estão exercendo contra o patrimõnio público (e também privado), masssss me pergunto se esta agressividade não tivesse sido colocada para fora, se o movimento fosse apenas do tipo “paz e amor”, estaria conseguindo ser escutado pelos governos? Se não estivessemos expostos ao mundo inteiro através desta copa, se não batesse o temor de perderem a dinherama toda derramada em nome desta copa, os governos estariam tão preocupados?

A insatisfação da população está clara sobre a copa, sobre a falta de vergonha na cara de grande maioria da classe política, sobre a impunidade de atos de corrupção. Será que foi preciso vandalizar, assustar, para que o povo seja escutado. Que feio!!!

É feio o vandalismo, como também é muito feio quando pessoas pacificas começam a entender que ele tem mais força do que a voz de uma população inteira. Sábio o Brecht, não é mesmo?

Santa Maria da Boca do Monte de São Caetano

Pois é Cilon Brasileiro… hoje é contigo que quero falar

Cara, esta semana começou na manhã do domingo comigo lavando louça e a Júlia vindo dizer que havia dado um incêndio em Santa Maria e eu seguindo a lavar louça (incêndio por incêndio, toda hora acontece em qualquer lugar) mas aí ela falou que parece que haviam morrido diversas pessoas e estavam procurando o Arthur. Como assim? Larguei pia e corri em busca da internet. Naquela hora da manhã já falavam em trinta mortos (terror total) e a cada instante crescia – inacreditável – impossível – impensável – Santa Maria NÃO!! Não em Santa Maria!

Santa Maria é lugar de esperança, de ir em frente, de criar caminhos… Santa Maria não combina com perdas , com desesperos, desesperanças…  Santa Maria é lugar de sonho e de esperança e todos que lá chegam trazem mochilas cheinhas de esperança,  sonho e contentamento.

Lá se vão trinta e muitos anos quando cheguei de mala e cuia em Santa Maria; Santa Maria chegou em mim bem antes… era criança e acompanhava meus tios se quebrando para passar no vestibular e irem para Santa Maria se tornarem doutores,  e em um feliz janeiro dos anos sessenta tu entrou na medicina da UFSM, Cilon – tu e o Lúcio e o Juarez –  muita alegria, tu e teus irmãos, meus três tios asseguraram suas vidas, seriam médicos pela UFSM e a partir daí, a cada vinda de vocês à Santo Angelo, suas malas vinham recheadas de sonhos e novidades e me ensinaram que um dia chegaria “o meu dia” e eu também iria para a UFSM fazer minha vida.  Era tão longe de Santo Angelo, estrada de barro puro e lá chegando ví edifícios tão altos como jamais imaginava que existiriam, tudo muito cinza, inverno gelado, mas lá eu sabia que era meu lugar para ter um diploma universitário, para obter meu passaporte para a vida adulta, para receber minha formação profissional.

Foi em Santa Maria que minha mãe apostou por uma nova vida e saiu de sua terra natal para fincar novas raízes e oportunizar à seus filhos a experiência universitária. Dos três filhos da Olila, fui a única premiada com uma vaga na UFSM, meus irmãos foram fazer suas formções em outro lugar, viver espaços diferentes. Só sabe o valor da vivência universitária em Santa Maria, quem por lá esteve, só sabe da grandez de ter estado lá quem antes sonhou com o “estar lá”.

Pois foi na madrugada para amanhecer o último domingo que quase duzentos estudantes da UFSM perderam suas vidas juntos, empilhados (ou abraçados – aconchegados). Dentre quase duzentos e cinquenta jovens, foi um número enorme de gurizadinhas maralanianas que fizeram a mesma trilha regados pelos mesmos sonhos e que abraçados deixaram a vida.

Cilon, Juarez e Lúcio, vocês que abriram meus caminhos foram lembrados a cada instante desta última semana.

E agora eu aqui cinquentona, em final de carreira, a mim coube fazer os exames laboratoriais de alguns dos jovens que tiveram o privilégio de sairem vivos.  Monitorar o comportamento de seus organismos tentando vencer a luta frente á morte. São Ingrid’s, Pedro’s, Rafaella’s, Kawe’s são gurizadinhas estudantes, filhos de pais da minha idade ou ainda mais jovens, são o “povo da UFSM” lutando pela vida e eu (e meus colegas ) num turbilhão de emoções a cada instante.

Não quero falar dos que se foram, porque a dor é muito grande, mas estes que aqui estão lutando para seguirem adiante, saibam meninos e meninas que segurando suas mãos, têm um número enorme de colegas de UFSM (que são décadas de espaço, né?) trabalhando , chorando e rezando por vocês.

Não quero falar dos amigos e conhecidos que perderam seus filhos e alunos porque aí é dor demais…

Cilon, quero te agradecer pela grandiosidade que tu fostes como professor e orientador e te digo, meu querido, nossos colegas de UFSM estão sendo bem cuidados – Resta pedir ao deus, deuses, orixás que protejam cada guri e guria, os que aqui lutam pela vida e os que daqui partiram para nova caminhada.

Santa Maria da Boca do Monte nos cuide e nos governe para que tenhamos conhecimento e sabedoria para auxiliarmos nossos jovens colegas na busca da paz e tranquilidade

Tarso Genro

Já teve tempos em que levei um certo medinho do Tarso, de que ele tivesse , como tantos, perdido suas origens. Ando contente com os posicionamentos dele quanto ao julgamento do mensalão e de como isso deva ser tratado.

O PT se tornou um dolorido calo no calcanhar de muita gente da minha faixa etária. Com o PT aprendemos e lutamos por igualdade, eqüidade, fraternidade, acreditamos na possibilidade de ética na política. E deu no que deu – uma golesma!!!

A Dilma na presidência reacendeu minha esperança, mas vamos combinar queeeeeeeeeee negociar e defender Renan Calheiros dirigindo o congresso é uma ducha de água fria.

Pior, por mais que se procure identificações dentro de outros partidos sempre se descobre negociações e negociatas – Um dia destes lí que o Tarso falava na necessidade de se  re-fundar o PT – algo a ser olhado e batalhado – vai ficar pequenininho mas sempre é uma esperança. Chega de Sarneys, Calheiros e Rosemarys e seus padrinhos e apadrinhados. Não há de faltar Olívios para garantirem vergonha na cara

João Pedro

E hoje já madrugada de domingo, mas para mim ainda o dia de sábado… vou dormir de alma lavada. 20 de outubro de 2012 nasceu meu neto João Pedro. Alma lavada porque João Pedro é saudável, lindo, macio e aconchegante. Alma lavada porque saio da maternidade deixando minha filha Renata saudável, feliz com o filho no colo e cuidada e acompanhada pelo Luís Felipe. Alma lavada porque vejo o  Luís Felipe radiante. Alma lavada porque chego em casa e a Morgana, filhinha da Renata e do Luís Felipe, já me espera pronta para ir para a cama completamente contente com a chegada do irmão.  Todos diziam “Cuidem da Morgana! Criança nesta idade tem muitos ciumes de irmãos novos!” .

Morgana, do alto de sua sabedoria infantil pegou o irmão no colo em seus bracinhos de cinco anos e disse ” Não chora João! Essa é tua família”.

Bom demais ver chegar uma pessoinha e ele não estar só com pai e mãe na maternidade. João Pedro chega em meio a total harmonia e com apoio amoroso e logistico de bisavó Olila e de Tia Jú, do carinho e alegria do dindo Vinícius, da imensa amizade e familiaridade de Amaralina, do  Ressel e da Ana, do carinho da prima Laura, da abobadice faceira/temerosa/emocionada das duas avós – Maria Helena e eu e da doce e emocionada expectativa da mana Morgana. João Pedro vem abraçado pelo carinho de tantos amigos e familiares que acompanham pelo telefone ou pela internet que mais parece uma estréia.

Que a vida de João Pedro seja uma constante de amor, fraternidade e solidariedade, por ele recebidos e por ele distribuidos. Boa vida meu neto!

Parabéns, famílias Silva, dos Santos, Nascimento, Flôres e Zardin! Temos mais um guerreiro com quem contar, temos mais um querido para amar. Parabéns Fernanda Vargas e Vinícius Baumhardt, dindos escolhidos porque muito antes escolheram esta familinha para fazerem parte!

Seja bem vindo JP!!!

Quando olhamos para a história dos movimentos sociais brasileiros, tão curta história, percebemos que  tanto as formas de organização quanto os temas centralizadores se modificaram conforme foram mudando as condições de governo federal como as necessidades de luta da população. Nas décadas de 70 e 80 do século XX, a luta era pelo direito a ter direitos encabeçados por grandes grupos como Movimento Estudantil e foi neste cenário que a “brasileirada toda” foi buscar bases nos teóricos das lutas de classes.

Nos anos noventa veio a necessidade de demarcar fronteiras, exercer o poder de “escolher”, até cargos em instituições eram conquistados via voto direto. Donas de casa empoderadas com adesivos do bigode do Sarney, fiscalizavam presos e fechavam supermercados e a sociedade bebeu e brindou a liberdade e a cidadania.

Adentramos o século vinte e um com uma sociedade segura de que o povo poderia exercer seus direitos reinvindicatórios básicos com segurança e aí veio a compartimentalização das ideologias e a fragmentação dos movimentos.

Contraditoriamente as formas de luta exercidas nas décadas anteriores, o Estado passou a ser parceiro dos movimentos sociais; de parceiro a financiador. Momento contraditório para uma sociedade que se fundamentou pela luta contra governos e ainda não aprendeu a ser parceiro/paralelo do Estado.

Reconhecimento da validade de suas lutas e possibilidade de exercer o controle social, parece não ter fortalecido ideologias e sim possibilitado o decréscimo de suas autonomias. “Realizo o que desejo mas sob controle e financiamento do poder estatal”. Me parece que neste momento é que os movimentos se fragilizam frente a necessidade humana de “buscar” de “conquistar” e é neste momento que irmãos ideológicos históricos se estranham pela individualização das pequenas ideologias – observe-se aí as correntes ideológicas ou de interesses pessoais(ou de pequenos grupos) que fragmentam partidos políticos com o nome de “tendências”.

A mim parece que são tantos os partidos e mais tantas as tendências dentro de cada um deles que ao tanto fragmentar ideologias entram perigosamente  em lutas pessoais  – as quais frequentemente se transvestem em interesses pessoais e disputas de cargos, espaços de visibilidade e salários tentadores. Muitas vezes é difícil distinguir entre a evolução das esquerdas brasileiras e o nascimento de um facismo/esquerdista em Terras Brazilis.

Trago a intuição de que neste momento estamos muito próximos de uma verdadeira revolução, onde partidos políticos se auto-consumam e se auto-destruam e quem sabe aí chegaremos aquela utopia que vem bancando os Foruns Sociais Mundiais de que “Um Outro Mundo é Possível”

 

GHC avança no combate à doença falciforme


Instituição disponibilizará às gestantes do pré-natal orientação com geneticista sobre a doença

No Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, 19 de junho, a Comissão Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CEPPIR) comemora mais um avanço no controle da doença. A partir de julho, as gestantes que realizam o pré-natal no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) contarão com um médico geneticista que orientará essas mulheres e seus familiares sobre a doença. Durante reunião com a CEPPIR, hoje pela manhã, a diretoria da instituição anunciou ainda que pretende organizar e estabelecer os fluxos internos necessários para efetivar o processo.

O atendimento diferenciado acontecerá por meio de encontros com grupos de pacientes que serão agendados duas vezes por mês na sala de reuniões do setor de Auto Risco do Hospital Nossa Senhora Conceição. Durante a reunião, que contou com a participação de coordenadores e membros da CEPPIR-GHC, coordenadores do Comitê Técnico da Saúde da População Negra do GHC, coordenação do Centro de Resultados Participação Cidadã e coordenação do Laboratório do HNSC foram apresentados dados referente às ações internas que vêm sendo realizadas em relação à doença falciforme. O superintendente do GHC, Carlos Eduardo Nery Paes, destacou a importância da iniciativa, para que o atendimento seja ampliado ao Hospital Fêmina, facilitando o acesso das gestantes atendidas.

Os principais avanços do GHC em relação ao controle da doença são observados em função do aumento significativo de solicitações de exames de Eletroforese de Hemoglobina prescritos pelos médicos responsáveis pelo pré-natal. No mês de março, quando iniciou o processo de coleta efetiva do exame, foram realizados 832 procedimentos. Em maio, foram 838 exames e até o dia 16 de junho foram realizados 432 procedimentos. Destes, foram detectados uma média de 52 resultados por mês de exames que apresentaram hemoglobinas variantes, sendo esta a expectativa de mulheres que serão beneficiadas com a orientação genética.

A anemia falciforme é a doença genética de maior prevalência na população negra e pode ser diagnosticada precocemente por meio do Exame de Eletroforese de Hemoglobina.

Creditos: Renata Lopes (Texto). Dóris Rolim (Foto).

Flávio Becco Menezes, Sério Espinosa, Nery Paes, Antelina Ott, Mara Lane Zardin, Lilia Razzolini e Renata Lopes

Hoje, no Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre, estaremos marcando o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme com a introdução de aconselhamento genético a todas as gestantes que ao realizarem a eletroforese de hemoglobina no pré-natal são diagnosticadas como portadoras do traço falciforme.

Começamos este projeto em março, marcando o Dia da Mulher e já no segundo mês ultrapassamos a meta que era de fazer o exame em 600 mulheres/mês, maio fechou com 832 gestantes tendo realizado sua eletroforese de hemoglobina. Esta é uma conquista coletiva onde a CEPPIR/GHC sonhou, o Comitê Técnico de Saúde da População Negra articulou, a diretoria e gerentes das unidades garantiram e os serviços de obstetrícia dos Hospitais Nossa Senhora da Conceição e Fêmina e o Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Nossa Senhora da Conceição fizeram acontecer.

Obrigada aos colegas do GHC e ao Ministério da Saúde por ter reconhecido as peculiaridades étnico-raciais na saúde e inserido a eletroforese de hemoglobina na Rede Cegonha, aos companheiros profissionais da saúde deste brazilzão que lutam em conjunto e estão fazendo mudar radicalmente a vida dos portadores de doença falciforme e de suas famílias.

Mas neste Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, meus maiores agradecimentos vão para os portadores da falciforme que são o maior exemplo brasileiro de controle social e para a Dra Joice Aragão de Jesus e sua equipe que ao longo dos anos se mantém firme e obstinada garantindo a implementação do plano nacional de atenção integral as pessoas portadoras de doença falciforme.